Será George Steiner um name dropper? Em caso afirmativo, quais as implicações de uma tal catástrofe para Carlos Queirós? Nelo Vingada é um treinador baixinho e de bigode? Rafa Benitez é o Ferguson de Merseyside? Alex Ferguson é o Guy Roux de Old Trafford? O Mellberg é mais bonito com ou sem barba? Seguem-se alguns conselhos úteis para que uma sumidade como Steiner não volte a ser acusado de name dropping. Se os seguir, quanto muito será acusado de name dripping.
Onde se lê:
“ O ironista vienense Karl Kraus observou um dia que Hitler não o fazia pensar em nada – “es fällt mir nichts ein”
No castelo do Barba Azul, tradução de Miguel Serras Pereira
Deve ler-se:
“Um certo dia, à porta de um café perto da minha casa, ouvi um transeunte afirmar que um determinado governante alemão do século XX, pintor de veados e outros bucolismos, não o fazia pensar em nada – “mira, é falta sobre o número um”
Onde se lê:
“Apesar disso, constitui a integração de uma obra de arte num discurso filosófico não menos notável do que a de Homero no texto platónico ou a das óperas de Mozart na obra de Kierkegaard”
Antígonas, tradução de Miguel Serras Pereira
Deve ler-se:
“Apesar disso, constitui a integração de uma obra de arte num discurso filosófico não menos notável do que outras que agora não me lembram”
Onde se lê:
“Só o exemplo pode intervir aqui: o do opus 35 de Britten («Os Sonetos Sagrados de John Donne»), do opus 27 de Prokofiev («Cinco Poemas de Akhmatova»), o «Espelho onde Habitar», seis poemas de Elisabeth Bishop postos em música por Elliott Carter, e a «Mensagem da Falecida Menina Troussova», em que Kurtag musica, no seu opus 17, uma sequência de «haikus» de Rimma Dalos (e, para mim, este último exemplo recente conta-se entre os mais esclarecedores da longa história do nosso tema).”
Os Logocratas, tradução de Miguel Serras Pereira
deve ler-se:
“Tenho ido para a cama mais cedo do que é habitual. Devo andar a chocar alguma.”