Argentina
Cortázar, que já morreu e ainda bem, porque estes argentinos são tão bons que um gajo fica deprimido, escreveu coisas destas e eu penso em dedicar-me de imediato à fruticultura (o meu avô tinha uma horta onde plantava quiabos e colhia beldroegas que cresciam espontaneamente nas margens de um regato, e tínhamos um cão cujo nome, Lord, disfarçava mal as origens rafeiras) ou em nunca mais escrever uma linha que seja: “todo o conto é o modo como se conta, a consciência de que conteúdo e forma não são duas coisas diversas entre si é aquilo que faz o bom narrador oral, que neste caso não se diferencia do bom escritor, ainda que preconceitos e editores estejam do lado deste último.” Borges, Cortázar, Maradona, Riquelme (que escritor é o Riquelme!), Aimar, Saviola, Ortega, Juan Martin del Potro, caramba, é óbvio que a Argentina teria de ser o primeiro país da América Latina a aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo (se não é verdade…).