17
Out11
oito da noite
Bruno Vieira Amaral
Às oito da noite
Oiço pontualmente a voz do meu vizinho
A chicotear paredes, vidros, filhos
E não entendo esse desespero
Que grita pontualmente,
Como se a discórdia tivesse horas certas
Como as de um medicamento que se toma
Contra a vida.